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Primeiro jornal foi aqui

Esta matéria foi escrita por João Rural na Revista Nascentes nº 01 Outubro de 2000- Parte II

Acesse o site chaocaipira.org.br e pesquise sobre o tema, veja fotos e publicações anteriores, ou direto no link: 

http://www.chaocaipira.org.br/assets/publicacoes/xP1Xe9yN0AT7/ER6GRWKYoLpw.pdf

Foi em 18 de setembro de 1904, que surgiu o primeiro jornal local chamava-se “O Parahybunense” e foi editado por Francisco Luiz Campos, o “Seu Chico”, como era mais conhecido. Homem versátil e de fina postura, veio para Paraibuna e se instalou na Rua de Baixo, com uma casa comercial. Começou com teatro fundando o “Grupo Dramático”.  Fazia apresentações no mercado e antes dos espetáculos os artistas desfilavam pelas ruas da cidade, chamando assistentes que tinham que levar suas cadeiras, pois o “Teatro” não as tinha.

Logo resolveu inovar na arte e procurou comprar uma moderníssima máquina impressora. Trouxe desmontada em lombo de burro a partir de Caraguatatuba, para onde veio de navio da Europa, montou o jornal no largo do Mercado, numa casa que ficava onde atualmente é o fundos da Fundação Cultural.

O lançamento da primeira edição foi uma festa. Emprestou bandejas de prata dos ricos fazendeiros para distribuir a primeira edição de graça.

 

Paraibunense

O jornal que tinha quatro páginas era impresso durante a semana. Isso porque ele tinha poucos “Chumbos”, que eram as letras para montar os textos. Fazia uma página imprimia uma a uma e depois desmontava tudo para fazer a outra página. Conta-se que a preocupação de todos era saber com antecedência o que já estava impresso, mas era difícil, pois Seu Chico guardava a sete chaves. No sábado de manhã, alem do movimento normal do Largo do Mercado, o movimento aumentava em frente ao prédio do jornal “fresquinho”.

Em 1909 “Seu Chico” lança o “Almanach de Parahybuna”, com informações da cidade.

Infelizmente, descontente com a política local. Seu Chico encerra sua carreira e fecha o jornal em 1910 indo morar em Salesópolis, deixando as máquinas para a Prefeitura Municipal que em 1911 começa outro jornal com o nome de “O Parahybuna”.

Devoção a N. Senhora dos Remédios

Esta matéria foi escrita por José Déia na Revista Nascentes nº12 de Setembro de 2001.

Acesse o site chaocaipira.org.br e pesquise sobre o tema, veja fotos de festas anteriores, ou direto no link: 

http://www.chaocaipira.org.br/assets/publicacoes/xP1Xe9yN0AT7/cmqHqDzqHU2H.pdf, para visualizar a matéria original;

 

 

1912- Há sessenta anos atrás, foi quando pela primeira vez visitei a igreja de N. S. dos Remédios, naquela época já era comum pedir socorro a Nossa Senhora, principalmente em caso de doenças, prometendo uma caminhada a pé até a sua igreja.

Os meses de julho e agosto são tradicionalmente secos com as chuvas começando a cair após o dia 8 de setembro, dia de Nossa Senhora. Quando isso não acontecia os fiéis ficavam preocupados, pois a primeira chuva seria fatalmente uma tempestade. Isso aconteceu recentemente em 29 de setembro de 1993, quando um vendaval destruiu o Centro Comunitário da cidade.

O caminho preferido era pelo Bairro da Fartura Rancho Alegre onde a maioria dos devotos ficava na beira da estrada, aguardando companhia, formando pequenas romarias.

nsenhora

Moradores da Rua da Bica faziam promessa e subiam o morro, tornando-se um pretexto para ir à festa todos os anos. Era muito bonito o visual da subida do morro dos remédios. É muito alto e um percurso longo, dando para contemplar dezenas de grupos de pessoas que subiam em ziguezague.

Naquele tempo, até mesmo a banda entrava nessa. Era transportada no caminhão do Seu Idazil Peixoto, até o bairro do Porto. O caminhão atravessava o Rio Fartura e deixava a música no terreiro de uma casa de fazenda, onde residia uma senhora D. Norberta Soares. Dali pra frente, instrumentos no ombro e pé na estrada até lá em cima.

 

Um museu caipira na rede

O site chaocaipira.org.br disponibiliza cerca de três mil páginas de texto, 100 horas de filmagens e dez mil fotografias

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O Instituto Chão Caipira “Malvina Borges de Faria”, com sede em Paraibuna, completa sete anos neste 1º de abril de 2017. Não é mentira! E, desde a morte do jornalista e pesquisador paraibunense João Evangelista de Faria em 2015, o João Rural, a equipe do instituto vem se dedicando a uma série de iniciativas com o objetivo de divulgar a sua obra e seu rico acervo doado para a organização, inteiramente dedicado à cultura do Vale do Paraíba. Para esse objetivo, no fim daquele ano, o Chão Caipira foi contemplado pelo Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo. Isso possibilitou a construção de um portal de internet (www.chaocaipira.org.br) que serve como plataforma digital de parte do acervo de João Rural.

A seleção do material foi feita de forma a valorizar a diversidade de temas abordados por João Rural ao longo de sua vida. Profundo conhecedor da região, ele se dedicou a pesquisar e divulgar aspectos tão variados como culinária regional, o modo de vida dos tropeiros, manifestações religiosas e festas populares.

Assim, ao longo do ano de 2016, foram digitalizados e disponibilizados para pesquisa no site para pesquisa cerca de três mil páginas de texto, 100 horas de filmagens e dez mil fotografias do acervo hoje disponível na sede da instituição.

Para textos, foram privilegiadas algumas das publicações produzidas por João Rural, como o jornal Folha da Serra, editado na década de 1980 e 1990, e a revista Nascentes, dedicada ao turismo e à cultura do Vale do Paraíba. No site, é possível também encontrar alguns dos livros escritos pelo jornalista, como o romance As Quintilhanas.

Já entre os vídeos selecionados, há desde reportagens produzidas para a TV Chão Caipira, como a íntegra de programas de João criados para tevê. Em comum, todos eles documentam algum aspecto das manifestações culturais da gente da região. Especial destaque merece ser dado a algumas filmagens mais antigas, recuperadas pelo pesquisador, datando de mais de 50 anos atrás, feitas em festas juninas e ocasiões solenes.

O acervo fotográfico, por sua vez, oferece uma pequena amostra das mais de 70 mil fotos e negativos sob a guarda da entidade. As fotos escolhidas estão plenamente acessíveis ao público e em ótima resolução. Além disso, o site oferece um sistema que permite ao visitante buscar todo o material por assunto ou palavras-chave.

A disponibilização da obra construída por João ao longo de sua vida ajuda a confirmar a vocação do Vale do Paraíba como depositário importante da memória e da cultura do interior paulista. Afinal, faz décadas que os modos de vida da região vêm prestando contribuições importantes para a vida cultural do estado como um todo.

Muitos foram os artistas e pesquisadores que encontraram no Vale do Paraíba um lugar privilegiado para a elaboração de seus trabalhos. E o grande mérito de João Rural foi ter remado contra as correntes que vaticinavam a decadência ou o fim da cultura caipira e mostrado que ela continua viva e pulsante, como uma simples visita ao site pode comprovar.

Francisco Dias de Andrade é Doutor em História pela Universidade Federal de Campinas.

Tradições de Natal

Época onde afloram sentimentos de solidariedade e companheirismo, momento marcado por diversas celebrações, e que acabamos lembrando com saudade de familiares, amigos e  tradições.
Agora em  dezembro completam 4 anos que o artista Carlinhos do Presépio foi embelezar os presépios junto ao menino Jesus.

Pesquise no site www.chaocaipira.org.br e encontre fotos e publicações que ilustram sobre a tradição do presépio nas cidades do Vale do Paraíba e em Paraibuna onde esse artesão que encantou gerações com seus lindos trabalhos.

Veja ainda no site os conteúdos sobre Folia de Reis e Pastorinhas e  registros marcantes da cultura da nossa região.

Texto de José Vicente Faria:

CARLOS DE SOUZA BATISTA, ou simplesmente, Carlinhos do Presépio, já na infância exercitava sua tendência artística, fazendo figuras de barro, no Bairro do Itapeva, onde nasceu e foi criado. A vontade de ter um brinquedo eu não podia comprar levou-o a buscar na natureza sua fonte de diversão.

Na juventude trabalhou na Igreja Matriz e foi um dos poucos, junto com Da. Sofia, que aprendeu os repiques de sino criados pelo Seu Siqueira.

Na década de 1970 sua arte criativa foi exercida em quase todas as festas religiosas, enfeitando igrejas e montando andores para as procissões com muita criatividade.

Mas as figuras de barro criadas por ele e as montagens de presépios na Igreja e na Praça da cidade, marcou sua vida a partir da década de 1980.

Depois sua arte foi levada para o Estado e para o país através do Revelando São Paulo na montagem dos altares de Nossa Senhora Aparecida e, em seguida, na montagem das famosas Charolas que são andores montados em Carro de Boi, de grande repercussão nos eventos, e que enalteceram o nome de Paraibuna e ainda são muitos admirados e comentados.

Montou, ainda, presépios em várias cidades do Estado, mas sua vida era Paraibuna.

 

 

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Matéria do Jornal Folha da Serra de dezembro de  1994

 

Programa Vale Rural onde aos 14min fala sobre o trabalho do Carlinhos com entrevista.

Sincovat realiza reportagens sobre Paraibuna e cidades que fazem parte da base territorial do Sindicato dos Varejistas

Nesta edição do programa do Sincovat a comida caipira e tradições de Paraibuna são ressaltadas .

Com filmagens diretamente do restaurante “A Comadre”e a comida caipira, registros da paçoca da Dona Irene e Sr Bernardo do Rancho Chão Caipira. Na sede da OSCIP Instituto Chão Caipira é registrado a moda de viola do mestre de Moçambique e mantenedor da cultura popular Roonie dos Santos e sr. Hélio e sr. Nelson  como amigos e parceiros da ONG.

O Instituto  lança agora o site www.chaocaipira.org.br fruto de edital do PROAC para promover  fácil acesso aos vídeos, fotos, documentos e livros do João Rural, um vasto material de registro da Cultura de todo o Vale do Paraiba.

Como diria o João Rural:  Cutuca lá

 

PARAIBUNA: TERRA DE VADIOS

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Nossas desculpas aos leitores, e, principalmente, paraibunenses, com o título que demos pra esta reportagem. Isso realmente aconteceu em outros tempos da antiga Paraibuna, quando ela ainda engatinhava, como uma simples Vila.

O fato aconteceu por volta de 1773, quando o então D. Luiz Antônio de Souza, capitão-geral da Capitania de São Paulo, nomeou Manoel Antônio de Carvalho como o fundador e administrador da vila de Paraibuna. É que o documento que dava essa autorização, entre outras coisas, continha em certo trecho o seguinte: “… conforme Sua Majestade manda e que ordeno convoque para o d. o efeito todos os Forros, Vadios e Vagabundos de que tiver notícia [que] andam dispersos e não têm casa, nem domicílio certo, nem são úteis à República, e os obrigue a ir povoar as ditas terras da Paraibuna, estabelecendo nelas a referida povoação e elegendo sítio proporcionado para ela, fazendo guardar aos moradores todos os privilégios que Sua Majestade tem concedido…”.

É lógico que tal documento causou uma onda de protestos na pequena vila: que engatinhava; e ameaçados de verem o seu trabalho prejudicado com a invasão dos indesejáveis que o capitão-general pretendia para ali mandar, os moradores organizaram-se em comissões que, mesmo com a imensa dificuldade de transporte, procuraram várias vezes as autoridades desejosas de um entendimento, mas acabaram encontrando fechadas todas as portas. Só dois anos após, ante a insistência dos principais moradores da vila, entre eles, João Simões Tavares, Manoel Garcia Rosa, Manoel da Motta e José Pereira, o capitão-general resolveu revogar a ordem, concedendo cartas de sesmarias a várias pessoas da Iocalidade, dando-lhes o direito de comandar as terras onde hoje está localizada a cidade de Paraibuna.

  • Este texto foi originalmente publicado na edição 41 da Folha da Serra, de 1983. Todo o acervo do jornal e outras publicações do João Rural, bem como suas fotos e vídeos, estarão acessíveis em versão digital no site do Instituto Chão Caipira em breve.

 

RECEITAS COM MILHO VERDE

Do milho sai muitos sabores. Selecionamos algumas receitas básicas para você fazer em casa.
PAMONHA
Ingredientes: 20 espigas de milho verde, açúcar e folhas de caetê
Como fazer: Rale as espigas e depois passe a colher para aproveitar o “coração do milho”. Misture o suco na proporção de 1 kg de açúcar para 2 litros de suco. Misture bem e passe na peneira. Faça as pamonhas no caetê, ou na palha de milho e coloque para cozinhar por 40 minutos. Se gostar pode colocar pedaços de queijo na pamonha.
CURAU
Ingredientes: 12 espigas de milho, ½ litro de agua, açúcar a gosto.
Como fazer: Rale o milho e faça o suco. Passe em peneira bem fina e adicione açúcar a gosto. Coloque numa panela, deixe cozinhar ate soltar no fundo e depois solte numa travessa.
SUCO DE MILHO
Ingredientes: 1 pamonha, 1 copo de leite gelado.
Como fazer: Coloque a pamonha e o leite no liquidificador e bata ate dissolver. Se quiser pode acertar o açúcar
FAROFA DE MILHO VERDE
Ingredientes: 5 espigas de milho, farinha de mandioca, cebolinha verde, 1 colher de manteiga, 1 colher (sopa) sal com alho.
Como fazer: Cozinhe as espigas de milho e corte os grãos. Coloque a manteiga numa panela e adicione o sal com alho. Coloque o milho e refogue bem, completando com água. Quando ferver bem, coloque a farinha de mandioca, deixando em ponto de farofa.
GUISADO DE MILHO VERDE
Ingredientes: 12 espigas de milho, em ponto mais mole do que ponto de pamonha, ½ prato de carne de frango cozida e desfiada, ½ colher de sal com alho, 3 colheres de banha, 1 pitada de pimenta-do-reino, cheiro verde e farinha de milho.
Como fazer: Corte com cuidado os grãos da espiga de milho. Numa panela, frite o sal com alho, coloque o milho e o frango desfiado. Mexa bem e deixe cozinhar. Quando o milho estiver cozido, adicione a pimenta, os cheiros verdes e a farinha de milho, deixando a mistura bem mole (guisado).
SONHO DE MILHO VERDE
Ingredientes: 12 espigas de milho verde, 1 copo de água, sal, erva doce e ovos para acertar a massa.
Como fazer: Rale as espigas de milho, passe em peneira, adicione um copo de água e leve ao fogo. Cozinhe, ate ficar um angu duro. Depois de frio, coloque os ovos e amasse ate o ponto de pingar. Acerte o sal, adicione a erva-doce e frite em gordura quente.  
SOPA DE MILHO VERDE
Ingredientes: 12 espigas de milho verde, 1 maço de cambuquira, sal com alho, pimenta á gosto, 2 colheres (sopa) de gordura de porco e água o necessário.
Como fazer: Rale as espigas e passe o leite numa peneira bem fina. Esquente a gordura, frite o sal com alho e refogue a cambuquira, depois de serem bem limpas. Deixe refogar bem e adicione um pouco de água e o leite do milho. Deixe cozinhar bem e sirva quente.
CALDO DE MILHO VERDE
Ingredientes: 6 espigas de milho verde, 4 colheres (sopa) de óleo, 500g de costeletas de porco, 2 cebolas medias picadas, 4 dentes de alho amassados, 4 tomates médios picados, 4 xicaras (chá) de agua, 1 maço de cheiro verde, 1 colher (sopa) de manteiga e sal e pimenta a gosto.
Como fazer: Rale as espigas de milho e reserve.  Numa panela coloque o óleo, frite o alho e a cebola e refogue as costelinhas. Coloque agua, o milho ralado, os tomates, o cheiro verde, o sal e a pimenta e deixe cozinhar ate amolecer. Retire do fogo, coe o caldo e reserve. Retire a carne das costelinhas e volte para o caldo. Adicione a manteiga e aqueça em fogo forte e sirva numa sopeira.
VIRADO DE MILHO VERDE
Ingredientes: 6 espigas de milho, ½ kg de frango desfiado, 3 xicaras (chá) de farinha de milho, 3 colheres (sopa) de banha, 3 copos de água, 1 colher (sopa) de sal com alho, cheiro verde e pimenta a gosto.
Como fazer: Cozinhe as espigas de milho e corte os grãos. Numa panela grossa, coloque o óleo, frite o sal com alho e refogue os grãos de milho e o frango desfiado. Coloque água e deixe ferver bem. Adicione o cheiro verde e a pimenta. Ainda no fogão, adicione a farinha de milho aos poucos, mexendo sempre, ate cozinhar a farinha. Deixe um virado mole.
CUSCUZ DE MILHO VERDE
Ingredientes: 10 espigas de milho verde, 1 colher (café) de sal, 2 colheres (sopa) de manteiga.
Como fazer: Rale as espigas de milho e, no final, passe uma colher no que sobrou no sabugo para obter o leite do “coração “. Passe a massa numa peneira fina, junte o sal e a manteiga e coloque numa tigela rasa. Tampe com um guardanapo e amarre as pontas, prendendo na tigela. Leve a tigela em banho-maria e cozinhe por uma hora, ate o cuscuz tomar consistência. Sirva bem quente.
BOLINHO DE MILHO VERDE
Ingredientes: 4 espigas de milho verde, 2 ovos, ½ xicara (chá) de farinha de trigo peneirada, 1 pimentinha verde, ½ colher (sopa) de salsa batidinha, ½ colher (chá) de fermento em pó, sal e óleo ou banha para fritar.
Como fazer: Cozinhe as espigas de milho em água e sal e depois rale. Junte nas misturas as gemas e as claras batidas em neve e misture bem. Tempere com a pimenta socada, o sal e a salsinha. Junte o fermento em pó e misture bem. Com uma colher faça bolinhos e frite em óleo bem quente. Retire e coloque em travessa com papel absorvente.
PUDIM DE MILHO VERDE
Ingredientes: 10 espigas de milho verde, 500 ml de leite de coco, 2 colheres (sopa) de manteiga, ½ litro de água, ½ litro de açúcar e uma pitada de sal.
Como fazer: Bata no liquidificador a massa do milho com água. Ainda batendo, adicione a metade do leite de coco e bata mais um pouco. Passe tudo numa peneira fina, misturando no final o resto do leite de coco, para ajudar a peneirar. Numa panela grossa, leve ao fogo médio. De uma leve mexida e adicione o açúcar e o sal. Continue mexendo ate ferver, para não empelotar. Quando cozinhar adicione a manteiga e mexa tudo muito bem. Unte uma forma de pudim e coloque a massa. Leve ao forno quente por 40 minutos. Deixe esfriar e retire da forma.
BOLINHAS DE MILHO VERDE
Ingredientes: 3 espigas de milho verde, 1 ½ copo de leite, 2 ovos, 100g de margarina, 4 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado, 2 copos de farinha de trigo e 1 ½ colher (chá) de sal com alho.
Como fazer: Cozinhe o milho e corte os grãos. Bata num liquidificador o milho, o leite, os ovos e o queijo parmesão. Numa panela derreta a margarina, junte o caldo de galinha e a mistura batida no liquidificador. Adicione a farinha de trigo e mexa sem parar ate engrossar. Vai ficar uma massa amarela e brilhante, como se fosse uma bola. Continue cozinhando ate formar uma pequena crosta no fundo da panela. Retire da panela e deixe morna. Modele as bolinhas, passe em gema de ovo e farinha de rosca e frite em óleo quente.   

PAMONHADA PARAIBUNA TEM HISTÓRIA

PAMONHADA PARAIBUNA 
Por João Rural
A Pamonhada Paraibuna tem mais tempo de história do que parece. Sua nova fase começou em janeiro de 2000, no sitio do seu Geraldo Alvarenga e D. Maria Ozória, no Bairro Capim D’Angola. A pamonhada apenas firmou o costume da família, que todos os anos chamam os amigos para fazer as delicias do milho verde.
Mas a festança tem mais tempo. Em janeiro de 1977, durante a festa de São Sebastião, foi feita uma pamonhada, na rua do meio, na casa dos Calazans. E quem estava lá, na cabeça dos quitutes eram Seu Geraldo, D. Miria e seus filhos. Naquela época seu Geraldo trabalhava profissionalmente fazendo as pamonhas e vendendo para os bares da tamoios. No ano seguinte aconteceu no Ginásio Cel. Eduardo. Em 1979, quando criamos o projeto da FAPAP, Feira Agropecuária do Alto-Paraíba, denominamos o evento como Festa do Milho. Na primeira estavam lá Seu Geraldo e Dona Maria. Nos anos seguintes ainda aconteceram algumas festas autênticas, nos moldes criados na I Fapap. Mas, aos poucos mudaram tudo e a idéia original ficou parada. Em 1993, durante a Fapap, sendo realizada no Recinto de Exposições, estava comandando o Setor de Turismo da Prefeitura, voltamos novamente ao sistema típico, mas também não vingou nos anos seguintes.
Em 2000, voltamos à Paraibuna e fomos resgatar a tradição, com o evento sendo realizado no Sítio do Seu Geraldo, Dona Maria e a filha Zélia no comando dos quitutes. No ano seguinte resolvemos levar a festa de volta pra cidade. Procuramos a Roseli, na época presidente do Lar Vicentino e a parceria foi aceita, e a primeira festa desta fase aconteceu no carnaval em 2001, na Cozinha Caipira. A partir de então o evento se consolidou como um dos mais importantes encontros da gastronomia do Vale do Paraíba, continuando a ser realizada pelo Lar Vicentino de Paraibuna, para onde vai toda a renda.   
RITO DA PAMONHADA
A própria colheita do milho verde, tem uma tradição no meio rural,como a primeira festa para comemorar a  boa produção. Muitas famílias se reúnem, ainda ate hoje, em torno da pamonhada, sempre convidando os vizinhos. As pessoas se dividem em grupos para agilizar os trabalhos. Um grupo vai para a colheita escolher as espigas no ponto certo, isto é, “granadas”, depois todos se juntam para descascar e limpar as espigas. Outro grupo cuida de cortar as folhas de caeté e colocar de molho. O trabalho duro de ralar as espigas, e raspar os sabugos. Uma pessoa prática adoça e enche as folhas, amarrando com pedaços de palha. No final o serviço do tacheiro, que numa água bem fervente, coloca as pamonhas, e cobre com os sabugos, para dar peso. Ali fica cozinhando por cerca de 40 minutos. Ao final, todos comem com um bom café e separam algumas para levar pra casa.
DICAS
As folhas começam a ficar amareladas. O cabelo da espiga esta secando. Quando sai na mão, com um puxão leve, abre-se um pedaço de palha, e um aperto no grão do milho vai confirmar o ponto. Se o leite do milho espirrar, esta no ponto, “ta granado”, como dizem os caipiras.
 O milho, é um dos alimentos que tem fermentação rápida. Por isso após o manuseio de preparação, o consumo tem que ser imediato. Mesmo na geladeira, o produto tende a fermentar provocando azedamento.. 

Vamo cumê mato


Denominadas, pela nova literatura agrícola, como Ervas Daninhas, na verdade são ervas ricas em vitaminas e muito usadas no passado, como alimento.
Até os dias de hoje, ainda encontramos gente caipira comendo os matos antigos. Algumas feiras até voltaram a oferecer esses alimentos. Houve um tempo, por pelo menos 200 anos de Brasil, que os moradores e, principalmente, os viajantes preferiam esses matos devido à sua abundância na natureza e também porque tinham muitas vitaminas. Apanhavam pela beira das trilhas, picavam e juntavam ao quirerão de milho, nascendo assim um delicioso pirão. Há uma infinidade dessas plantas, dependendo da região. No Vale do Paraíba ainda se destacam a serralha, o caruru, a taioba, a beldroega e a capiçoba. Até o uso dos brotos de samambaia era corriqueiro, principalmente quando faltavam as outras ervas. O ora-pro-nóbis sempre estava à disposição nos caminhos. Podemos encontrar ainda, à beira dos antigos caminhos, pés com mais de cem anos de existência
COMO FAZER
No geral quase todos esses matos são ricos em diversas vitaminas e minerais necessários ao corpo. A preparação pode ser refogadinha com alho e gordura ou cozida nos pirões de fubá, farinha de milho, etc. Muitos comiam cru mesmo, colocando um pouco de sal e azeite.

A RECEITA PASSO A PASSO

Tropeiros moldaram o Brasil e nossos pratos

A formação da comida típica paulista foi influenciada pela chegada dos europeus e dos negros que, juntamente com os indígenas, criaram parte dos pratos nacionais. Com o passar do tempo, as receitas foram se modificando, em alguns casos para melhor, em outros, sofrendo com a perda da tradição, mas sempre com suas características principais: o sabor e a simplicidade.
A presença de diversos povos colaborou com a variação das combinações entre a mandioca, o milho, a cana-de-açúcar e a carne de porco. Mas a questão é: como esses sabores viajaram de norte a sul há quatro séculos? Eram levados pelos tropeiros, que naquele tempo viajavam no meio das matas por necessidade de transporte de cargas.
Graças ao comércio de produtos da Europa, a condução do ouro de Minas Gerais para os portos e, posteriormente, o ciclo do café, a tropa se tornou um transporte vital para a economia. Sua importância pode ser vista através dos dados do Porto de Ubatuba, que revelam que pelo menos dois mil animais chegavam diariamente, transportando café por volta de 1860.
Graças a essas várias viagens, os tropeiros levaram suas receitas pelo Brasil todo, acrescentando características de todos os cantos. Parte dos viajantes plantava, de trecho em trecho, alimentos que poderiam ser colhidos em três meses. Para isso, um grupo menor ficava para trás esperando para fazer a colheita e depois seguir a comitiva ou, em outros casos, esse grupo ia à frente e esperava o resto com a comida já colhida.
Os tropeiros contribuíram também, indiretamente, para a formação de nossas cidades. Por caminharem apenas uma média de 24 km por jornada ou por dia, em suas paradas, surgiam ranchos com os atendimentos necessários, que depois se transformavam em vilas e cidades, com uma média de distância de 25 km entre si.
Durante o ciclo do ouro, a comida se tornou um tanto valiosa, pois muitas pessoas se deslocaram para as minas, tornando a agropecuária local escassa. Então, chegaram os tropeiros transportando tudo o que fosse possível e lucrando até quatro vezes mais o valor do produto em São Paulo. Parte dessa mercadoria toda vinha do Vale do Paraíba, tornando as pessoas deste lugar responsáveis pela formação de várias cidades do Sul de Minas Gerais.
Estudiosos da alimentação do Brasil consideram que a comida mineira é um desdobramento da que foi levada de São Paulo, sofrendo algumas modificações, levando em consideração o fato de que, quando Minas se expandiu, as regiões paulistas já eram movimentadas há pelo menos 200 anos.
Não podemos negar que o tropeiro misturou sabores do país todo, espalhou essa comida típica por toda a extensão do Brasil e formou, assim, a base da alimentação brasileira durante muitos séculos.

Cheiro verde e cebola picadinhos e alho amassado
Carne seca cozida desfiada e bacon picadinho e frito
Linguiça calabresa picadinha e fritaFeijão cozido em ponto firme

Depois de fritar o feijão com os ingredientes, adicionar um pouco de caldo do próprio feijão
Deixe ferver
Na hora de servir coloque farinha de milho e deixe em ponto de papa