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Relembrando Seu Nilson



As serestas em nossa pequena cidade retornaram em 1978, com a chegada de Nilson Florêncio, vindo de São Sebastião. As primeiras apresentações aconteciam nas ruas, e depois de um tempo, passaram a ser na Fundação Cultural da cidade, onde ocorrem até hoje, todo mês, com o nome de “Serenata da Lua”.


Infelizmente, seu Nilson não esta mais entre nós há quase um ano.


Em sua homenagem, decidi postar um vídeo dele cantando duas canções, sendo que uma delas era de autoria própria.
E não podemos esquecer que no dia 22 de março é o dia mundial da água, e aqui no Paiol do João Rural, eu encontrei várias fotos de rios e cachoeiras! Cutuque para ver.

É hora de festa!


A nossa cidade sempre foi famosa pelas “festanças”. O que pouca gente sabe é que durante um tempo, Paraibuna quase perdeu esse costume. Nessa mesma época, o João Rural entrou na Comissão Municipal de Turismo e, junto com outros membros, apoiou a volta das deliciosas festas religiosas, mas essa história você encontra no blog dele (link abaixo).

Enfim, o João fez questão de registrar todos esses momentos de alegria do povo com fotografias e gravações lindas que eu acabei de encontrar aqui no Paiol!!

1976- festa do bairro do bragança

1976-capela do espírito santo

1976- procissão do divino

1977-festa no bairro do campo redondo

1977- festa do divino 

1977-festa do divino

1978-festa são joão (compadre)

1979-festa no bairro do cedro 

1978- festa do divino

1982- festa do divino

1982- festa do senhor bom jesus – caracol

1980- festa do divino 

2003- altar n. senhora do remédio 

2005- moçambiqueiros

Festa popular de Paraibuna é exemplo

As festas voltaram
A volta das festas populares em Paraibuna tem vários fatores que alavancaram o setor. No período de 1950 a 1974, a população rural de Paraibuna foi praticamente tocada de suas terras pra construção das represas. Muita gente que conseguiu ficar no que sobrou, foi trabalhar nas obras, perdendo o tempo precioso de lazer familiar. Era trabalho 24 hrs por dia, pois as obras não podiam parar.
Assim muita gente foi deixando de ter tempo pra participar das atividades sociais dos bairros rurais, como festas, conferências e encontros familiares.
As festas religiosas foram então diminuindo de intensidade e até mesmo acabando em alguns bairros.  Essa pesquisa foi feita por mim no período de 1975 a 1976, como trabalho de faculdade. Em 1977, quando assumiu a Prefeitura Joaquim Rico ele me chamou, juntamente com o Seu Déia e Rubinho da Padaria, pra formarmos o que seria a primeira Comissão Municipal de Turismo.  Ao mesmo tempo, assumi a Diretoria de Educação e Cultura do município, que sequer ainda tinha setor de Turismo. Mas fomos trabalhando com cultura como produto turístico da cidade. 
O primeiro passo foi revitalizar as festas religiosas, em comum acordo com o pároco da época, Pe. Antonio e como complemento criando para cada uma, uma nova atração. A primeira festa a ser trabalhada foi a de São Sebastião, em janeiro. Juntamente com Gilberto Raimundo, foi feita uma pequena mostra de animais no campo de futebol e até rodeio. E leilão de animais. Ideia que um ano depois virou a Fapap e Festa do Milho, que foi extinta.  Na sequência a Festa de São  Benedito, que até então terminava na Igreja matriz. Invertemos, com a festa começando na Matriz, de onde saia a imagem do santo para a Vila Modesto, onde tudo acontecia, incluindo ai a criação de uma Feira do Artesanato, que já não existe mais.
Na Festa do Divino, foi discutida a sua realização no Bairro do Espírito Santo, onde os festeiros Agenor Nunes e Fia, aceitaram. Entramos com o apoio da prefeitura, com a limpeza do pátio, cessão do prédio da escola pra o baile arrasta-pé, a contratação de uma banda de Caraguatatuba e revitalização do Grupo de Moçambique que estava todo disperso e somente com alguns elementos. Foi comprado um uniforme pra todos. Nesta festa criamos a distribuição de doces que, no primeiro ano, acabou sendo feito por senhoras da cidade. O Déia cedia sua perua veraneio e a levava todos os dias cheia de mulheres pra preparação dos doces. No ano seguinte a comunidade tocou a festa sozinha.  No Corpus Christi apoiou-se as decorações das ruas com o transporte de flores, matos e materiais necessários.  Veio a Festa de Santo Antonio e mais novidades foram implantadas, como a volta do costume de servir o fogado, que estava parada. Criou-se aí mais atrações culturais, como shows de viola e até o surgimento dos bailes arrasta-pé, no casarão da Praça da Matriz. Até então, dia 12 de junho a noite era comemorado com baile social no Clube.
As Festas Juninas foram pra ruas, saindo dos muros do Grupo Escolar, onde acontecia. Na semana do folclore criamos o Festival de Brincadeiras, com brincadeiras típicas e lendas. No Natal teve início a realização do presépio, ainda com figuras compradas e a criação do Natal das Crianças, com distribuição de presentes.
Em janeiro de 78, foi a finalização de todo o projeto, com a criação da Fapap, que aconteceu no local onde está o Centro Comunitário e Escola irmã Zoe.

João Rural 

A religião com Arte.


Aproveitando que tá todo mundo em clima de quaresma, decidi procurar coisas sobre a época, e descobri sobre uma tradição da cidade que já acontece há 33 anos!
É a Via Sacra, que acontece todo ano aqui em Paraibuna, e ninguém melhor que o João Rural pra registrar a devoção do povo daqui. A primeira apresentação foi em 1980, com o grupo de jovens do time de Juvenis da AEP. Eles saíram do Morro do Cruzeiro e seguiram o mesmo trajeto de outra procissão, chegando assim à Igreja Matriz.
Atualmente, o percurso já mudou, porém o final ocorre sempre no mesmo lugar. Os atores são pessoas simples da Igreja, que se reúnem e ensaiam, revezando sempre os personagens.
Dá uma olhada pra ver como era na época.
Aproveite e assista esse vídeo de uma dupla de pai e filha lá de Cunha, o Diu e a Benina.
Tem também um vídeo de um tropeiro fazendo fubá num moinho de 200 anos.
E pra finalizar, a Festa de São Longuinho em Guararema.